quinta-feira, 3 de setembro de 2009

A Rua da Aurora


Não seria assim um “começo”! Vamos iniciar então com “A hora de Volta”... Enquanto refaço as malas, vou lembrando como o ritmo é agitado. Como cada detalhe ganha proporções e significados. Para alguns é pura sobrevivência, mas acredito que ali seja uma pequena porção de mundo, de toda uma miscigenação de credos, culturas e principalmente de sentimentos. Se for sobrevivência, encaro o combate! É ali que quero se treinada para a vida. Conviver com pessoas muito diferentes de mim, me faz perceber que somos muito parecidas. Aceitar as diferenças ali é uma tarefa não muito fácil, pois sempre contestamos o lado de fora, mas não contrapusemos com nossos interiores. Foi ali que aprendi o que seriam limites! Aos poucos vamos moldando nossos conceitos, refazendo cada ideologia e conhecendo os nossos limites. Assim que fecho a mala, estou pronta pra voltar. O que me fez voltar? Talvez seja a bagunça organizada! Talvez sejam todas as pessoas que ali conheci e as que ainda vou conhecer. A aurora não me limitou apenas aquela rua. Fui conhecendo cada via que fazia aquela cidade e quando menos percebi, era hora de voltar. Eu fiz amigos que viraram minha família, tive experiências que não conseguiria experimentar em lugar algum e me ver fora disso me deixou sem chão. Enquanto me dava o tempo que precisava pra respirar, fui ao mesmo tempo perdendo o fôlego, me sentindo desamparada. Era hora de voltar!

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