quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Ano Novo... e uma bagagem grande!

Eu não quero uma vida nova no ano que vem! Já basta colecionar os selos e as cicatrizes que conquistei esse ano. Começar de novo daria muito trabalho. E não sei se agüentaria dois porres como aquele, nem namorados como os que tive esse ano. Com mais uma gastrite eu ganharia uma úcera. Não, deixa como está, começar de novo seria admitir o fim. Nunca se quer terminei de lê a bíblia, e talvez eu ainda esteja herege demais para assumir um fim! Ano novo e um bagagem grande, eu diria!!

Isso é um barato!

Para variar um pouco, vou falar sobre qualquer coisa que não nos remeta lembrar o fim de ano. Que faça não dá tanta importância ao estrelismo do bom champanhe, mas ao estralar dos dedos da pinga e da tossida depois de um trago. São das desonras que se vitoria a vida! De fotos com cores desfocadas em um álbum fotográfico. A vida é feita de cores! Do batom borrado por um beijo, do vestido machado de brigadeiro numa noite com as amigas, de um tombo bem dado que nos fez quebrar o salto e só assim andar sobre a grama molhada. A vida desonrada é um barato!

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Cinco gramas de açúcar e uma xícara de força peso.

Eu voltei para casa acompanhada de uma inquietação gastronômica. Dizem que Freud explica tudo, dizem que a teoria de cordas explica tudo, dizem que a psicologia explica tudo. Foi então que... Detesto dar explicações com bases teóricas, mas em resumo, pessoas são bonitas pela lei da evidência; ser interessante ou não é um estágio ascendente, requer o que digamos um menu mais refinado, gastronomia mais apurada... Ou apenas uma café expresso com canela, mesmo!

Outono e primavera sem uma tempestade de verão!

É como um poema inacabado quando catastróficamente sento e não há amor para escrever. Orgulho-me de ter tanto tempo para escrever sobre mim, essa peça dramática que deixa cair pétalas e folhas quando nem outono ainda é, quando nem primavera chegou a ser. Mas descrever-me é prever o tempo; presumir tempestades quando não chego a ser nem uma fraca neblina!

sábado, 25 de dezembro de 2010

Réveillon


Então neste réveillon vou fazer tudo o contrário. Usarei um preto básico sem medo e não terá sete ondinhas; e vá para qualquer lugar com sua romã e com seus pedidos e promessas. Eu ando envelhecendo e ainda me pedem fantasias; como se fosse fácil viver sã em circo sem lona, com palhaços do amor. Eu vou brindar com vinho seco e não vou pedir um marido. Quero ter a certeza que se as coisas acontecerem errado, é que não foi má sorte de réveillon, mas a ressaca moral do Patuá!

M.


Eu sei bem como você se sente, mas faça como eu te falei; não adianta você se orgulhar das muitas vontades contidas, se orgulhe da coragem de um erro; da boa intenção quando amou a mulher errada. Ela vai gostar de saber disso quando você não voltar mais. Hoje alguém falou que os gritos são harmonias de um sentimento blues. Então não é de Bossa Nova que vive nossa história. – Não seja presunçoso assim – Eu sei bem como você se sente quando senta e lê o que eu ainda nem se quer escrevi, e ainda assim, assino com M. É como dizem, eu tenho essa folia de quarta-feira de cinzas e esse choro de carnaval.

O diálogo que não tivemos.


É que faz muito tempo que não escrevo para ti, sobre ti. Mas foi você quem pediu para ocupar-me com as coisas passageiras, para eu amar novamente e para eu esquecer como faz uma fogueira. Então fui à cidade, aluguei um móvel, fiz um filho e domei aquele fogão que você deixou de herança para mim. Então foi quando eu voltei a ouvir Janis Joplin, quando tomei um vinho com Frida e quando aprendi que desengano é poesia para quem já foi deixado.

- Obrigado.

- Disponha, não é ruim está só; o ruim é ser só!

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Arte é sobrenome, é constituição genética!


Eu não estou te pedindo atenção - eu não saberia ser assim - tua obra prima. Entendo pouco de Monet, eu sei mesmo é sobre o Fred, do Chico que toca violas em praças; eu ouço antes de dormir as fazendeiras com suas rendas. Essa beleza de vida que me deixa admiravelmente Viva! Arte é sobre tudo costurar as cortinas, é apagar as luzes do cinema... Esculpir dor e ser pago com alegria!

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Minha casa nova, meus medos antigos.

Quando eu voltar, eu vou me agarrar as minhas novas paredes como se elas não evidenciassem as fronteiras, como se as minhas janelas fossem enormes ou coubesse todas as estrelas e a lua ali. Depois sei que irei sentir-me aprisionada, quando a noite cair vou querer sair e andar pela ladeira; vou me sentir só, mas espero que você me ajude a entender que isso é a minha liberdade, e que já estou pronta para isso!

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

A previsão do tempo diz, já não somos tão assim...

Já percebeu como tudo anda escasso, sereno? Como os poemas vêm sem sufoco, como se já não houvesse mais alguém para amar... Eu vou guardar um eclipse para você contrapondo o que a previsão dizia; já não somos assim tão para sempre e nem tão amigos! Você escondeu a verdade de mim, como a lua que em breve se esconderá, e eu aqui; guardo um eclipse para você. Já percebeu como estamos mais distantes, como faço planos para te esquecer e por fim, poemas chegam sem mais ninguém para amar?

domingo, 19 de dezembro de 2010

Ressonância magnética

Não estranhe se eu parar de beber e ascender um cigarro. Se eu voltar e roer as unhas e pintá-las de rosa Pink. Vou deixar meu cabelo crescer e vou esquecer-me de onde vim. Eu vou...

No Interior

No interior, poucas coisas ocupam o tempo. Lê um poema no quintal com as galinhas e achar então as melhores companhias... Tentando compassar no ritmo, penso em tatuar nas costas uma flor de mandacaru para esquecer todo aquele ‘roseiral’ da Elis. Calma, é uma tatuagem provisória! Preciso desligar a bossa de mim. Mas aqui no interior, poucas coisas parecem ainda vivas, floresce antes de chover e os espinhos estão por lá o dia inteiro! É preciso ser esperto no interior. Vou ligar para os “24 horas” da farmácia e pedi uma Pinga com acerola!

"Mesmo que eu mande em garrafas mensagens por todo o mar
meu coração tropical partirá esse gelo e irá." (Corsário - João Bosco)

Mãe

Ela ainda não sabe que eu prefiro beber em copo de extrato de tomate e ouvir as musicas do meu laptop. Que são os meus 24 anos que andam me tirando mais o sono, do que o casamento do meu ex. Que pouco importa as contas bancárias e os jornais de última hora, “Eu vou andando como sou e vou sendo como posso...” Que eu gosto da tropicália, mas é o “Baba Baby” que me faz ser a variação genética precisa para eu seguir em frente! Ela não faz idéia do que é um desenvolvimento sustentável e eu não faço idéia do que é ser uma mãe.

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Guardei os dicionários com todas aquelas palavras difíceis de serem ditas.


Depois de guardar todas as lembranças em suas gavetas, sobra espaço. Guardei os dicionários com todas aquelas palavras difíceis de serem ditas, réguas que mediram o tombo e sobra espaço. Compro verduras pro almoço e quando sento à mesa, sobra espaço. O tempo parece esfriar e ao sair levo agasalho e estrelas que sei que vou sentir falta. Ao digitar qualquer coisa sinto que tem alguma coisa estranha no teclado, sobra espaço. Existe espaço demais para alguém que está aprendendo a viver sozinho!

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

A pessoa ao seu lado.

Tenho tido muito cuidado onde estou pisando agora. Tenho feito menos de conta e tenho feito mais. Agradeço por não ter ao meu lado alguém que desconheço e alguém que se quer se conhece. Ao meu lado agora, tenho pessoas que estão por tempo integrado ocupadas demais para fingir que passados negros não existiram.

Você julgou antes do ‘depois’ terminar.

Entre um livro sobre Valoração Econômica da Biodiversidade e Gráficos que tento entender sobre capitalismo, procuro antes de dormir pensar no antes e depois. Paridades de uma vida que em mudanças, volta e meia retorna a ser essa de silencio. Ás vezes eu completo o meu tempo mais por falta de espaço, do que por tempo livre. Volto pra casa e abro livros sobre assuntos que nunca pensei em ler, tomo café e ouço James Taylor para assumir uma personalidade que você não conheceu; conseqüência do seu ‘antes e depois’.

sábado, 11 de dezembro de 2010

Se você soubesse... Eu saberia!

Se soubesse, eu teria comprado ingredientes para o macarrão e um vinho barato; Desfeito as malas com mais cuidado, deixando os souvenirs por lá mesmo. Eu ando meio sem destinatário e hoje, recebi uma devolução por sedex. Mas ainda assim, interpretei bem uma notinha resumida em consoante. ps: Estou apenas perdendo as esperanças!

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Sou mais forte do que pode não parecer.

Não estranhe essa falta de imagem, as cores do arco-íris são imaginárias; Eu também posso ser! Sou mais forte do que parece, então posso fumar quantos cigarros eu quiser, dizem que são boas companhias, e eu não me vicio por boas companhias! Falando nisso, tenho poucas dependências, e por enquanto, me desfaço!

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Para quem teve medo!


Nem tudo está perdido; Eu ainda gosto da sua poesia!

O que fizemos em 2010?

O ano de 2010 foi realmente um ano cheio de Biodiversidades! Particularmente, um ano cheio de vida, cheio de cores e ações que me fizeram crescer; uma biodiversade de amadurecimento profissional! Em 2010, eu reguei as flores tropicais de um jardim que precisava sim de esperança, precisava de atitudes ecologicamente verdadeiras, eu reguei com uma biodiversidade de respeitos aos que precisam, aos que nasciam e aos que infelizmente não tinham mais pra onde ir. Eu aprendi a ouvir pessoas com seus gritos de manifestos, aprendi a ouvir os bichos com seus gritos de esperança e aprendi a ouvir as crianças, essas que serão donas das ações que tomarmos hoje! O ano de 2010 foi sem dúvida de muitas batalhas, muitas vitórias. Foi um ano de um verde que tende apenas a migrar, tente a dispersar! Vimos a biodiversidades em escolas, nas matas, nas ruas, vimos biodiversidade onde poucas vezes veríamos: No planalto Central; nas padarias; Vimos o Verde nos olhos dos brasileiros, nos brasileiros negros, mulatos, amararelos... Vimos a biodiversidades que somos! Foi um ano muito bonito e sei que o que fiz esse ano é muito pouco, é pequeno se comparado ao tamanho das florestas que vamos ver próximo ano!

Feliz ano novo e que muitas atitudes venham sem medo de batalhar, e que nossas cores sejam muitas nessa biodiversidade de esperanças que temos sempre que plantar!

domingo, 5 de dezembro de 2010

“É como cuidar de um jardim.”

Acho que preciso mais do que neologismos para renovar o que digo. Em outro universo, eu posso está te amando, mas é neste que me sinto bem com você. Se fosse uma questão de escolha, iríamos passear pelo começo, sem prever o fim. Eu não tenho medo de morrer, eu tenho medo da morte em plena vida!

A Teoria das Cordas não explicou nada para mim, mas no Wikipédia diz que ela possa vir a ser uma teoria de tudo!!!

sábado, 4 de dezembro de 2010

Não é para depois, eu simplesmente não quero agora, e nem depois!

"Eu estou vestido com as roupas e as armas de Jorge!" E é dessa defesa que me protejo de mim mesma, cansada de culpar os outros pelos atropelos. ...Voltei a fotografar o cheiro do café. De me ocupar com essas coisas que diz respeito a mim, em respeito a mim! Hoje eu sentei ao pé da raiz que um dia vai crescer e se tornará uma arvore forte e resistente; assim como um dia eu também serei. Espantosa essa paciência que agora me veste; como alguém que deixa de olhar para as horas, que esquece o gosto amargo. Como alguém que espera o momento certo para o foco, distraído o zoom.

Quando o Chico falar de mim!

Ainda não é isso que quero dizer! Você só vai entender isso quando sentar e ouvir o Chico falar sobre Beatriz, sobre Helenas... Quando o Chico falar de mim. Não perca o seu tempo decifrando o código, porque não há códigos! Isso é papo pra uma noite inteira de Bosco’s e Azevedo’s. E se por displicência eu falar sobre gentileza e infância, vou estar por teimosia, subliminando os tais códigos. Tenho saudade de casa, de ter sete anos; por isso aluguei uma casa e vou me mudar!

Samba & Rock n’ Roll.

Ainda não é isso que quero te dizer. Mudei! Ainda tenho aquelas pernas finas, o cabelo escorrido e ainda leio o Pessoa e o Caio. Mas sou mais o samba e você prefere Rock n’ Roll. E é justamente isso que evito falar, porque falar desgasta sofrimentos, e o Vinicius fala que sofrer é bom quando é por uma justa causa, ou pelo menos, por uma linda mulher, mal amada!

Independência ou Sorte!

Eu sei que é engraçado voltar a ler sobre isso, mas acredite, eu apenas comprei uns livros e me responsabilizei por esse silencio. Ontem eu tomei um vinho e sob qualquer ordem gramatical lembrei que é mais fácil esquecer-se de lembrar, quanto se lembrar de esquecer. É eu sei que é engraçado entender essas coisas que te falo e foi justamente por isso que escolhi você para essa noite. Porque quando não temos muito do que esquecer, então lembramos que esse silencio, foi eu quem proclamei!

É porque em um ano, você foi tudo aquilo que podia.

Bons amigos são aquelas canções esquecidas, você zela por elas e ainda assim, muitas vezes não dá ouvido. Chegamos a dezembro e em breve faço os 24, e já tenho mais de 29 amizades. Amigo é a Joni Mitchell cantando The Circle Game, enquanto você pensa que se em 24 anos você ainda não é aquela que um dia quer ser, é porque em um ano, você foi tudo aquilo que podia. Faz parte do Jogo. Mas não lance os dados por mim!