domingo, 12 de fevereiro de 2012

Títulos


Ensinaram-me que por ultimo se põem os títulos. E foi por essas e outras desculpas que nunca distinguir o real e o sem valor. Cultivo os mesmos sentimentos para todos os homens a quem amei e a todos os livros que já li. E fui automaticamente me habituando a não intitular as coisas e não deixando se intitular. Hoje, sou poema sem ponto e sem título!

Tempo, Verbo, Eu


Eu ainda não sei em qual tempo dedico a mim. Por isso vou andando, falando, julgando; um verbo atrás do outro, vivendo. Qualquer dia desses, dedico esse tempo a mim e amo de verdade!

Aflita e Medrosa


Hoje eu abri o jornal e tive a sensação de ter o visto em outra língua. Com outros acontecimentos e outra realidade. Depois voltei à poesia, entrei na poesia, comi a poesia e digeri a poesia. Só nelas minhas ciências comprovam os fatos. Na verdade, boa parte de mim é poesia inventada; A outra é uma frase escrita aflita e medrosa.

Este espaço não sou eu


Eu conheço o caminho certo quando visito o mesmo instante todos os dias e admito merece-lo. O que não é a situação! Venho levantando esta espinha e caminhando reto na tentativa de não demostrar não saber onde estou. Visito os mesmos caminhos, nos mesmos horários encontrando sempre uma dúvida atrás da outra; Como foi que cheguei aqui?

Em tempos de poucas aquisições


Ando argumentando pouco, porque as minhas aquisições tem sido tão poucas; Quase como um breve momento triste – Exagerado! Tenho lido poucas páginas e tenho me inquietado em muitos lugares... Alguns abraços fortes com tempo limitado. Ando procurando um lugar meu, numa região de muitos vales, águas correntes, onde as minhas paredes são inconsistentes e meu chão, vazio!

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

domingo, 5 de fevereiro de 2012

Embargue


Você tem sete dias para me provar que ontem valeu apena! Mas desconsiderarei seu exagero se me deixar ir. Eu tenho esse costume de deixar as lembranças em pontos de embargue. É a melhor maneira de não carregar nas malas o que não me pertence. Eu sou uma cena de filme francês, tragicamente poético!