domingo, 28 de novembro de 2010

Maioridade para errar tudo de novo!

A princípio era só morar onde ainda me cabia, mas veio então essa necessidade de ir embora, não apenas para buscar a liberdade; mas à essa necessidade de pintar as paredes e me prender. De acomodar essa maturidade que relutei tanto para vir à tona. Chegou a hora da responsabilidade; com que aprendi, que eu seja madura suficiente para me permitir errar de novo. E com os erros que vivi e que paguei contas em analistas, que façam jus a sua loucura e se concentrem em parábolas de um samba bom!

O segredo de uma velhice agradável consiste apenas na assinatura de um honroso pacto com a solidão. (Gabriel García Marquez).


Vizinha do passado

Pois viver esperando é triste e não existe cor nisso. Eu já te falei sobre o tempo e o que eu acho dele, e mesmo com pressa, tínhamos tempo para sentarmos e tomarmos café. Enquanto você tentava me explicar sobre “imediatista”, aluguei uma casa e volto para um lugar distante daqui. Endereço? Rua dos Medos, de esquina com refugio, de frente com o passado.

"Estou me guardando pra quando o carnaval chegar"!

Ando me preocupando com coisas muito pequenas. Já tenho todas as cartas, e se não faço um Royal Straight Flush agora, é porque não sei blefar. É a primeira vez que respeito uma paciência, que respiro fundo, mesmo que pouco, mas que pego fôlego para mergulhar no asfalto. Se perguntarem por onde andei vou saber responder com maturidade; nos mesmos lugares, mas desta vez, sendo telespectador do meu próprio filme!

sábado, 27 de novembro de 2010

"Nada impede a vida à acontecer!"

Quando compro as passagens é que vejo como é longo o caminho. Que ele tem muitas variáveis, e dependendo de como suporto tudo, é que vai guiando-se ao outro. O melhor é o reencontro, porque toda partida vai sabendo o que ficou; subestimando o surpreendente! "Esse é o Reino da Alegria!

Se personalizando!


Vou correr este risco e ser feliz no escuro! Mas vamos seguindo o sambista que por hora, ele fala pouco - ouve muito; Que ele tem paciência, um segundo, espera; pronto! Mas dizem que demora pouco, que a proporção é exatamente um para sem; Milhões de ilusões. Ainda ontem recebi uma carta; Mudei! ...Mas ainda sou a mesma sem analogia de antes!

Mas eu vou correr esse Risco!


“A janela ta aberta, a casa é sua”! Psiuuuuu, façam silencio e respeitem toda essa euforia que me cala a boca, que exprime o grito! Esse sabor que me deixa na boca quer ler esse livro de poucos pronomes! Mas entre; sinta-se em casa e dance essa música do Mombojó comigo... Mexa-se, que “permaneço aqui estático!”.

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

“Batidas na porta da frente... é o tempo”.

Com mais calma sentar e "cantar" conversa fora, e "ouvir" as entrelinhas! É disso que eu sou, de distorcer a imaginação ingênua. Aproveitar esse segundo de atenção que me é dada jogando fora as migalhas do tempo.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Se conselho não fosse bom, você não comprava!


Eu com os meus tantos conselhos vou seguindo a sorte, dando ouvidos aos meus seis, sete e outros sentidos! Faço deles um esquema muito simples, complicando as ordens e desobedecendo ao certo. Faz dois dias que abraço muito gente, são as mesmas perguntas sem muitas novidades e logo descobrem que mais uma vez estou só. Acho que agora devo receber isso como todos os outros abraços, eu acolho e fico sem teto! Dizem até que ser esse de independente abusivo está na moda. Démodé esse meu visual. Próximo mês faço as mochilas e ando. Vou andar com meus conselhos, vendendo os em liquidações, aprendendo a lição quando puder!

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Outros poetas


Acho que estou na idade de descobrir muito sobre mim. De admitir acasos do Pessoa, abusar da Clarice... De não desmerecer os versos desses, mas em descobrir a poesia como quem descobriu a America; alguém que esteja cansada das duvidas, alguém que precisa de resposta... Exatamente como elas devem ser! Acho que ainda penso como uma analfabeta, mas ando lendo por aí como gente letrada, calada para o que vive. Infiel para quem ama!

Amarga


No fundo, adoro essas noites de esquecimento. Releio como uma boba os textos, pego um trecho do Albert e encontro uma intimidade tão profunda que ao fim, chegamos até a brindar juntos! Provando a gosto, percebi que o amargo fascina. Tem gosto de filme em preto e branco. Dever ser meu sabor, devo ter essa pitada de meio amargo, de fato austero, de poeta incompreendido.

Rota - Contrária -

Eu Passei o dia planejando rotas em BR’s 230 e PB’s que nunca verei paisagens. Mas é que a minha boemia em esboçar os acontecimentos que são de fatos desenhos, distrai a realidade... Falando em distração, fui à esquina comprar um vinho seco e percebi que durante todo o dia, apenas à noite, sozinha em casa me garante que livros, vinho e o blues da Stacey Kent me fazem melhor companhia. Dedico então este brinde a essa noite escura sem estrelas, a essa saudade de quem foi embora e ao pretensioso vazio do silencio...

"Mas todo carnaval tem seu FIM!"


Eu tenho pra mim que meu carnaval começa em meras quartas-feiras de cinza. E brindo comigo mesma o abandono que nos permite encontrarmos com essa figura estranha chamada solidão. Eu sou sem dúvida a mais mimada de todas as flores do jardim e ainda espeto um dedo ou outro no próprio espinho. Curioso, Egocentrismo é uma palavra não encontrada no dicionário do Word, logo em um mundo onde a literatura é tão descriminada e que nada tem haver com amor. Literatura, egocentrismo e amor... Sem duvida, meu carnaval já passou!

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Eu, enraizando neste registro fóssil de poesia.


Naturalmente, eu floresço sobre os asfaltos. É que minhas raízes sugam bem mais do que simples moléculas. Vivo na constante tensão e coesão dos sentidos. Espinho bruto que cruza esquinas, paga contas... Consulta classificados! É fácil regar-me, gosto de luz e água fresca, mas cresço decrescentemente nas páginas dos livros e com uma dose de algum destilado. Naturalmente, eu cheiro a perigo e broto em penhascos!

Geração Restart


Alguns discordaram, mas precisamos sim desse recomeço. Foi a primeira vez que terminei algo para recomeçar. Minha teimosia Classicista de perpetuar as honras seja pelo bom texto escrito, ou seja, pelo café derramado no tapete, recusa-se a essa geração de recomeço, de game-over, de restart. Abdica dessas cores coagidas. Mas essa foi a primeira vez que terminei algo para reconhecer, para descobrir, para começar tudo de novo. Eu concluí alguns sonhos sem o final esperado, colhi sem frutos... Resetei o computador agorinha, pois não me respondia. Mas minha teimosia, modernamente reiniciada, restaurou minhas clássicas cores.

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

domingo, 7 de novembro de 2010

O Sol e o Vento falam apenas de Solidão.*


Vou fazer as malas e morar perto das teorias. Visitar os portos das cidades, navegar sobre o mesmo sentimento que li em Núpcias do Albert. É disso que sinto falta; as bagagens do amor. Tipasa, Djemila, Argel... E o Deserto! Ainda escrevo para você algum trecho sobre esse deserto do Camus. Fiz um leite quente e deitei no sofá pra ler meu trecho favorito. É como um momento de oração. Eu leio, fecho os olhos e me pergunto se vale apena esquecer o caminho. Eu sei que careceria bem mais venturosa... Mas o medo está bem maior. Sou isso tudo que você não consegue mais ver, entretanto faço das tuas palavras as minha: Um dia eu consigo!


*Trecho de Albert Camus em Núpcias.

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Ilha e Continente


Calúnias falo sobre o mar, mas não deixa de ser o sermão que me obedeço a sentir quando penso em regrar as minhas vontades. Não sou tão intima assim das ondas, elas quebram antes de me deixar mergulhar. Acho que só agora, diante deste jornal que você me trouxe de uma semana atrás é que tenho liberdade pra te confessar isso; eu prefiro a bossa-nova! Equilibro-me entre um livro à sobra do coqueiro e sobre apartamentos centrais com um café e o noot book aberto. O sentimento é diferente, é ser metade, é estar em dois lugares ao mesmo tempo e impossivelmente descompor o sentimento, entende? Insegura em ilha, nostálgica em continente! Era mais fácil antigamente.

Novas noticias velhas


Há muitas noites em que deito na cama, e antes de dormir leio as noticias do dia que passou. Corrigindo; é que não percebo mais o tempo já faz algumas Eras. Então tenho sempre a impressão de que -já- foi aquilo, e o que vive ser, agora, não espera o futuro tão ansioso assim. Será que ando lendo em algum livro sobre a minha menopausa, e não reconheço as idades? Voltei a escrever amiúde porque li em algum caderno que a previsão para o tempo indica que amanhã não vou ter tempo para isso.

Veias Vias


Esqueceram meu jardim só porque tenho plantado minhas cidades. E nelas muitos arranha-céus, limites... Elevadores de pensamentos que artificialmente fingem pensar alto, cotidianamente olham para baixo, mas corre, vagarosamente corre. Em que andar ficou os meus pés (?), porque sei dos lugares que já passei, e, não reconheço esses passos.

Provérbios


Antes de dormir, eu penso muito. Tenho a impressão que conduzo o filme antes do REC, antes de sonhar. Acompanhado uma receita da Dona Benta minuciosamente. Tentei explicar outro dia como era confortável eu colocar a manteiga na frigideira e ele quebrar os ovos. Ele não entendeu. Ele nunca entende muito bem minhas prosas e meus provérbios, desonra minhas piadas e é justamente nisso que me sinto confortável. Eu já não penso muito antes de dormir, escrevo pouco pois muito falo para ele, e felizmente, a gente continua de mão dada; eu sem entender os seus pros, e ele, os meus verbos!

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Quando a felicidade se apaixona pelas cores.


Sinta-se em casa. Mas não tranque nunca o portão! Desafiando o destino, cuidei de deixar tudo branco, legitimamente Claro; ele, audacioso tempo, se encarregou de trazer as cores. Não cruzei os braços, mas prendi meu cabelo e coloquei o café no fogo. Adocei amargamente a branquidão dos sentimentos e surpreendentemente, me apaixonei! Armou o cavalete e dispôs as cores; tons pastel a óleo e atrevidamente, o guache; fez-me arte, sua obra prima. Chamou-me de felicidade!