terça-feira, 28 de junho de 2011

Frugal


Isso pode ser abstinência da falta. Da redundância isotrópica apresentando as mesmas propriedades físicas em todas as direções. Propriedades talvez, de um dicionário velho de novas palavras que se projetam na presença disto, mas deste, não! Porque se muitas vezes conheci a palavra, de fato, hoje, desvisto-me e a encaro num gole seco, de veias corridas, na sóbria coragem de renunciar isto, perigando fica sem este, no silencio...

Sem vírgula, sem cor, sem ressaca. Na moral integra do poema em prosa!


terça-feira, 21 de junho de 2011

Novas Cores Claras


Hoje mais cedo, denominei o que vivo de expectativa de vida! Disse que aqui se morava melhor, se respirava melhor, se amava de maneira mais intensa – inteligente! Que se já não há muito tempo pra escrever poesia, é porque vivê-la é insuportavelmente mais saudável, como uma canção da Stace Kent, numa mistura de Blues e Brega que só alguém com medo dos 25 anos, julgaria gostar! Descuidando-me um pouco, tenho lido mais livros, bebido mais chá e estudado menos a gramática. Porque aqui se aprende mais abrindo as janelas e cozinhando para os amigos... E quando antes da meia noite você tranca a porta da frente, é só porque agora, é hora de sentar ao lado da estante e pescar Novas Cores Claras.

Expectativa de vida!


Eu tenho amado muito de maneira certa, se isso é possível! Acho que alcancei o cume da Clareza, revirando, vivendo e sendo todas as cores - inesperadamente, de uma só vez! E lendo o manual de instruções, semana que vem a TV funciona, mudo a porta do quarto e compro o disco novo do Dono da Bossa! Por mais que pareça estranho, a vida muitas vezes se apresenta a mim como um pacote de TV a cabo, com direito a controle-remoto e programação especial. Na tela, amor, bossa e sintonia automática de cores!

Moça Velha Cheia de Felicidades


Eu posso ter todos os motivos para ir embora agora. Mas definitivamente, essa xícara de café e cachorro correndo pelo quintal compra o valor de qualquer página virada! Por mais que ainda longe, sinto-me uma menina de trinta anos, cheia de saudades velhas e lembranças Coloridas!

terça-feira, 14 de junho de 2011

Frente ao espelho


Testemunhar uma mudança radical na frente do espelho é preciso, sempre, de muita coragem! Coragem para se deixar, para deixar, ou simplesmente ‘para’ como sendo a ligação do que se foi e do que se será! Sem nenhuma proposta descente deixei de adoçar o café por pura ousadia de se deixar amadurecer amarga. Deixei de dançar em frente ao espelho, porque o silencio sempre deixará para amanhã a canção de uma saudade que nunca volta. Deixei de ser sem nenhuma explicação convincente, persuadindo a mim mesma de que uma mudança radical era preciso. Deus sabe por mim o motivo disso! Espero que ao final, eu também saiba!

terça-feira, 7 de junho de 2011

Sem exceções, vou onde me cabe...


Por que aqui? Astrolábios mediram que se a rota do sol, no ângulo singular da Terra, posiciona a lua no trópico de capricórnio... É porque as coordenadas da vida sugeriram ser exatamente nesse ponto, o inicio e fim do meio do mundo que devo estar! Sem exceções, vou onde me cabe e inevitavelmente, sou escorregadia! Acho que essa era a pausa do mundo que eu procurava no tempo.

Comer Rezar Amar e MUDAR!


Divido a cama - que agora de casal - com apostilas de biologia, com uma página do jornal, com o livro da Elizabeth Gilbert, cachorro, raros sonhos e uma idéia suspensa de que agora, vai ter que ser agora! Acho que depois que você escolhe os quadros da parede e a luminária da sala, poucas coisas na vida ficam suspensas no ar. Muitas estão com um pé atrás, dedos cruzados, com sextos, sétimos e oitavos sentidos aguçados. De repente, nem é liberdade, solidão, maturidade, é coisa séria, mesmo. Ou você assume a pressão, ou você não desiste de sonhar. A vida é mais que um planejamento em papéis, é um contra tempo na contra mão, até que provem o contrário!

Doçuras da vida em outro idioma.


Ao final do dia, tenho pouco tempo para voltar as horas! Antecipo o poema da tarde seguinte, no chá mate antes de dormir. Degusto cada vírgula, porque confesso não ter sido tão fácil acertar o ponto! E das prioridades, tão precedentes do agora, quase tudo é passado! Tudo volta ao equilíbrio quando lemos em um livro, doçuras da vida em outro idioma.

Contradição


Se eu fosse plantar alguma coisa hoje, eu plantaria exatamente essa felicidade. Vou me fortalecendo nos lugares que me cabe. Busco sim essa vida perfeita cheia de atropelos, noites em Claro e pensamentos contraditórios! Porque não importa o que o poema fale; quem rima no final do dia é o verso que vivo. E isso é algo que está em mim, brotando a cada segundo mais forte, a Cada Cor Diferente... O que nasce em mim é a serventia de mudar o jardim, semeando as idéias fixas!