sexta-feira, 18 de setembro de 2009

"O dia em que você me salvou de ser alguém que eu nunca tive vontade de ser"


Talvez, anjos existam! Hoje eu não quis acordar, matei aula e me perdi nos sonhos que não passaram de esperanças céticas. Quando enfim o meu dia se fez em calendário, quis ficar na cama, ouvir músicas, pensar em não pensar mais. Caetano cantava algo como ”Eu te quero (e não queres) como sou. Não te quero (e não queres) como és”. Tentei escrever algo, mas percebi que a poesia que me faltava na noite passada, ainda se fazia ausente hoje. Pensei, deve ser isso, algo como tristeza, saudade e solidão. Aceitei o “branco” das palavras, ou talvez dos sentimentos. Sabia que não ia dá em nada, nos últimos dias não tenho conseguido inspiração. Fui rever alguns amigos, mas ainda me sentia estranha, sei que há qualquer coisa que ainda me perturba, voltei pra casa rapidinho. Voltei a ouvir músicas. Um cara que se faz presente entrou no meu quarto e falou, “antes que você se afunde em sentimentos, vamos tomar uma cerveja? ” Pensei, ele dever ser um anjo! Tomamos duas cervejas no bar ao lado enquanto proseávamos sobre a vida e a tarde caía. Três horas depois voltei para alguma coisa que deveria parecer uma casa, abracei e sentir um vazio ainda maior. Alguma coisa mudou! Quando vi, esqueci como era boa a sensação do vento que embaralhava meus cabelos, esqueci de sorrir na despedida, esqueci as chaves do apartamento. A noite foi passando e talvez o meu desatento tenha servido para alguma coisa. Falei, falamos... Calamos! Subir as escadas como se tivesse deixado alguma parte de mim em algum lugar que me completava. Dessa vez, fechei a porta do quarto, mas eu estava só. Pensei em cair na cama, dormir, ter uma noite como o inicio da manhã. Resolvi ligar o computador, olha o e-mail, atualizar o blog, quem sabe agora eu consiga escrever algo, nem que sejam dois ou três versos tristes. Anjos possam existir... Era uma moça que por outros já ouvir falar, mas já li muito sobre ela. Ela gosta de escrever e sabe muito bem como é difícil escrever com naturalidade coisas tão pessoais e ainda dá um quê de poesia e de promulgo nas palavras escritas. E foi exatamente assim que ela fez eu ganhar o dia. Foi exatamente assim que percebi que ainda sou alguma coisa. Ela falou coisas de mim, que poucas pessoas ousam falar. Ela tirou da gramática um vocábulo que nem em meu diário se aventuro encontrar! Como foi bom ler todas aquelas palavras depois de um dia triste... Ela falou que meus textos de alguma forma eram importantes pra ela, acho que é aí que estamos unidos! Tom Jobim certa vez falou para sua irmã que a literatura é a mais bela arte de todas as artes, mas também era a mais triste. E só quem escreve sabe disso. E ela me fez voltar a escrever. E quando numa noite, eu acho que dois anjos eram suficientes, um terceiro aparecer. Ele ta muito longe de mim e muito junto dos meus sentimentos. Por fim, termino o texto e a noite escrevendo sobre anjos que me alegram, que sabem quando aparecer e quando falar as palavras, essas que dou tanta importância... E meu dia se fez melhor!

2 comentários:

  1. Caraaa tuh escreve muitooo, só podia ser minha amiga, quem derá eu escrevesse como tuh asuhausa

    ResponderExcluir