quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Aos poucos, me padeço com a vida, sobrevivo com a morte.


Meu coração adoece. Ainda que por pouco caso, ele bate pouco! Lento, já sem palpitação para grandes emoções, espera calado, quase acomodado. Minha coluna agora, não ergue mais meu corpo, há muito tempo, nem minha alma. Das vértebras que me suportavam, agora só os espinhos que me alfinetam edificam-me! Dos escuros olhos, a córnea frágil hoje, turva a visão. Limitando-me assim do que quero ver. Nem a luz que em antes me Clareava, nem pupilas que antigamente dilatavam-me. Para meus olhos, ver é algo que nem sempre quer dizer acreditar! A gastrite que já não digere o que engulo, inflama meus pensamentos e corrói o que vivo! Padeço os dias e guardo como prêmio, as palavras que me narram.

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