quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Você sempre esteve do outro lado.

Você acaba de ir dormir. E igualmente como todas as outras noites, Boa Noite! Quando se faz crepúsculo, silenciosamente ouço pratos e bandolins tocarem. Como você costuma dizer, você possui esse dom. No fim de um dia, em certos serenos e outros agitados, você me toca toda uma orquestra antes de adormecer. Vejo todos os dias o teu rosto puro. Você nunca deixará de ser aquele garoto. Inseparavelmente, crescemos! Em sábados, cozinhamos macarrão à alecrim e brincamos com a comida como saboreamos a vida. Aos domingos, escrevemos e fazemos músicas. Casualmente, em noites esquecidas, lembramos de tomar um vinho. Passam-se os anos, muitos e por vezes perco a conta, desde que nos conhecemos, desde o dia em que passamos a existir mais fortes um para o outro. Quando envelhecermos, como seremos?

Um comentário: