sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Ela não sabe dos meus medos


Ela não sabe o quanto a amo! O quanto esta mistura de personalidades forte e sutil me põe medo. Ela não sabe que por esse carisma, meço as palavras que dirijo em direção a suas atitudes tão seguras de outros, e duvidosas de si mesma. Talvez ainda não tenha escrito nada sobre essa pessoa notável, não pela importância, mas pelo duelo de adjetivos que faria ainda em papel branco. “Embaraçado e embaralhado, embaraçalhado...” Ela não sabe que por não a entender, não compreendo suas argumentações. Não sigo seu ritmo e não compasso no passo de sua dança. Mas admiro a sua aventura de errar e os contrapontos quando acerta. Ela não sabe que temo ainda maior, o perigo da queda. Que ainda não sei quando a criança se disfarça de mulher, nem quando a mulher se fantasia de criança. Por não desvendar qual personalidade se encontra, em tempo integral, tento protegê-la. Talvez a sufoque, talvez a irrite, talvez não me compreenda e quiçá eu saiba o que passa em sua cabeça. A cima de tudo, a temo, pois pra mim, ela sempre será minha irmã mais nova, aquela que não quero que nada de mal aconteça, que nenhuma ignorância humana machuque-a. Ela não sabe dos meus medos!

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