segunda-feira, 11 de outubro de 2010

As Flores do Mal – Que madrugadamente, deprimentemente, germinam.

Aproveito bem essa pausa no café inglês e me corrupto para uma xícara de poesia. Eu deixo a frigidez, o passo pálido, desfaço a borra do café, mas, por mercê; leia aquele poema sobre silencio. É tão infinitamente -finita - a palavra que vagueia, abuso violentamente toda essa confiança, mas francamente; eu não vejo cores em tuas palavras. Efeito dessa ausência de Claras evidencias de que o amor ainda existe, ou pior, resiste. Sufocadamente, sobrevive. É sempre bom ouvir tua voz às duas da manhã. Então aproveite o tempo, e desfaça as malas, e leio o poema.


- Ela chora, insensato, porque já viveu! E porque vive ainda! E o que ela enfim deplora; e que até os joelhos vê dar-lhe frêmito atroz, é que viva será amanhã como agora! Amanhã e depois e sempre!... como nós. (A Máscara – Charles Baudelaire)

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