quarta-feira, 8 de julho de 2009

Coração Blindado



“For me to love you now, would be the sweetest thing...”

A canção fala dos temíveis sentimentos, dos desejos arrepiantes, de uma frase difícil de digerir! Quando é que a coisa deixa de ser efêmera e se torna uma necessidade? Porque obrigatoriamente, temos que nos apaixonarmos um dia, de sofrermos, iludirmos e o pior de tudo, depender desse sentimento para felicidade. Já dizia o Vinicius, “o amor só é bom se doer”! Poderíamos simplesmente nos apaixonar pelos os livros na estante, pelas noites de solidão com uma garrafa de vinho, pelas cervejas tomadas com os amigos as três da madrugada num posto de gasolina. Qual o antígeno para essa penúria?

“... Would make me sing/ But I may as well try and catch the wind...”


Poderíamos apenas pegar o vento! É aí que tudo entre em ação, ou pelo menos deveria entrar! Os livros fazem mais companhia, você tenta esquecer o telefone, sites de internet são evitados e o coração se prepara pra uma blindagem! Seria tudo tão mais fácil se estivesse perto, se ele se fizesse presente, mas você apenas tentar pega vento... Me proteger, esconder-me! Caetano em uma de minhas músicas favoritas se pergunta, “quer que eu vou fazer pra te deixar, como tanto que eu conheço e esqueço de amar”. Quando eu quero, eu sofro, eu choro... Mas no final eu esqueço. Não obrigatoriamente, eu queira esquecer! Mas, obrigatoriamente me fazem sofrer!

(...)


“When rain has hung the leaves with tears, I want you here to count my fears. To help me leave all my blues behind.

For standing in your heart, it's where I wanna be, and I'll long to be. But I may as well try and catch the Wind”


Letras da canção Catch The Wind de Donovan.

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