Quando o sertão perde a cor
E nem a luz do candeeiro ascende
É hora de imaginar um Deus, bicho valente
Que resiste nas secas duras.
É hora de rastejar, procurando a criatura
Que aguarda com doçura os brotos a as sementes.
Quando o sertão se veste de cinza.
E o céu se carrega de dor
Se acalme, bicho valente
Amanhã já tem cor
Na hora certa vai ter fruto
O sertão é resiliente
Quando se escurece, fique crente
Amanhã tem mandacaru com flor