segunda-feira, 24 de maio de 2010

“Mas a vida é real e de víeis, e ver só que cilada o amor me armou...


...Eu te quero (e não queres) como sou, não te quero (e não queres) como és”

O que restou? Sempre resta alguma coisa boa. Quem sabe sobrou de nós os passos na praia e o por do sol no rio. Duas ou três flores de urtigas que coloquei no cabelo. Sobrou uma brasa da fogueira, um galho ainda verde, sobrou uma música do Lulu Santos que você sempre cantava. Sobrou a volta silenciosa pelo canavial. Algumas palavras que não devem ser ditas para que possam sobrar coisas boas disso! Restou um quarto vazio, um vinho na geladeira, a vontade de dizer o quanto eu ainda o amo. Restaram algumas ondas que vai rolar quando voltar e aquele horizonte no mar no qual o olha fixamente sem saber o que procura achar. Restaram as letras do Caetano, os olhares na mesa, as tarde de trabalho e as mãos dadas voltando para casa pela praia. Restou uma vontade de ficar mais algum tempo, e restou esse estranho amor...

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